Como parte da XVI Bienal Internacional de Dança do Ceará, o Consulado Geral da França em Recife está apoiando as apresentações de “After Slows” (Cie Aurelia, Rita Cioffi) e “Le Fil” (Sylvain Prunenec) em Fortaleza. Rita Cioffi e Sylvain Prunenec também participarão de masterclasses.

Além disso, como parte desta edição, os dois artistas se reunirão com a Paracuru Cia de Dança para uma residência criativa em outubro de 2024.

Sylvain Prunenec possui uma vasta experiência como intérprete, tendo trabalhado com renomados coreógrafos como Odile Duboc, Dominique Bagouet, Trisha Brown e Boris Charmatz. Desde 1995, cria espetáculos e performances plurais que combinam dança, texto, música ao vivo e artes visuais. Suas colaborações incluem artistas de diversas áreas, como a poetisa Anne-James Chaton, o escritor Mathieu Riboulet e o vocalista-improvisador Phil Minton.

Por sua vez, Rita Cioffi, após uma carreira como dançarina de balé na Itália, mudou-se para a França, onde foi atraída pela dança contemporânea. Ao longo dos anos, criou diversas peças apresentadas em festivais renomados na Europa e Canadá. “After Slows” será sua vigésima segunda criação.

“Le Fil”, do dançarino Sylvain Prunenec

O intérprete é um equilibrista ou um alpinista. Segue rigorosamente a linha da cumeeira, a corda bamba da escrita. Ao mesmo tempo, de um lado e de outro do caminho traçado, as infinitas possibilidades e ocorrências, expondo-o a um frágil desequilíbrio, uma espécie de tremor jubiloso e arrebatador. No fio, no caminho, há o passo medido. De um lado e de outro, a queda ou o voo.

“After Slows”, da coreógrafa Rita Cioffi

Estes corpos já experimentaram diversas danças, já as dançaram durante muito tempo. São como corpos de arquivo. Guardiões de um pedaço da história da dança que passou por eles. Depois de tantos anos de experiência, que abandono é ainda possível? Que desejo? Que desconhecido? Que confronto entre memória e imaginário? Que negociação com um corpo em mudança ?